De súbito quis me trocar
Por outro que não te merecia
E que amor não soube te dar
Não do jeito que eu sabia
Quando a lua vier te clarear
O vento em sua janela a entrar
Vai te tocar, sozinha
Noite fria, ninguém para abraçar
Enfim, sua mente a lembrar
Tudo o que já quase esquecia
Quando o mundo deixar de te amar
Só te peço que não se arrependa
E nem tente pensar em voltar
Pois, sorrindo, eu vou aceitar
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Carta de amor maldito
Eu não conhecia a saudade
Mas você foi embora
Sem sequer me deixar
Uma carta de amor maldito
Eu que não sabia chorar
Molhei todo um lenço
Só por parar e pensar e lembrar...
Eu vejo a inutilidade
Dos meus braços
Sem o seu corpo
Para abraçar
Somada à inutilidade
Das minhas mãos
Sem os seus cabelos
Para acariciar
Nada vale a minha voz
Sem o seu ouvido
Para eu sussurrar
E eu ainda insisto
Em ser fútil
Falando e falando
E falando
Só para ver se ainda
Seus lábios vêm
Me calar
Mas você foi embora
Sem sequer me deixar
Uma carta de amor maldito
Eu que não sabia chorar
Molhei todo um lenço
Só por parar e pensar e lembrar...
Eu vejo a inutilidade
Dos meus braços
Sem o seu corpo
Para abraçar
Somada à inutilidade
Das minhas mãos
Sem os seus cabelos
Para acariciar
Nada vale a minha voz
Sem o seu ouvido
Para eu sussurrar
E eu ainda insisto
Em ser fútil
Falando e falando
E falando
Só para ver se ainda
Seus lábios vêm
Me calar
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Quando o vento sopra e a sombra se esvai
Ela se perdeu em ruas desertas.
Ela,
no meio da rua,
suja de sangue,
se despiu.
Ela,
de mãos calejadas,
de joelhos ao chão,
lamenta.
Escorre-lhe o rio negro
vindo de seus olhos
que clamam por piedade.
O vento que sopra,
sobre seus ruivos fios,
tampa-lhe a face.
De pulsos libertos, então,
enxerga seu próprio caminho
como a idéia de um
inválido vaga-lume
na escura imensidão.
Em suas últimas
noites de tempestade
e enchentes nos olhos,
seu único desejo
foi uma seda sobre a pele
para lhe cobrir.
(Gustavo Toledo/Larissa Monteiro)
Ela,
no meio da rua,
suja de sangue,
se despiu.
Ela,
de mãos calejadas,
de joelhos ao chão,
lamenta.
Escorre-lhe o rio negro
vindo de seus olhos
que clamam por piedade.
O vento que sopra,
sobre seus ruivos fios,
tampa-lhe a face.
De pulsos libertos, então,
enxerga seu próprio caminho
como a idéia de um
inválido vaga-lume
na escura imensidão.
Em suas últimas
noites de tempestade
e enchentes nos olhos,
seu único desejo
foi uma seda sobre a pele
para lhe cobrir.
(Gustavo Toledo/Larissa Monteiro)
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